História da manipulação química:
Substâncias químicas têm sido usadas por seus efeitos psicoativos temporários sobre o funcionamento do cérebro durante séculos: psilocibina, mescalina, maconha, cocaína e outras têm sido usadas em muitas culturas, em geral, para experiências de transcendência ou de consciência expandida, muitas vezes por xamãs e sacerdotes. Em outras, os trabalhadores usam drogas diariamente (khat, folhas de coca e maconha são alguns exemplos) para “dar conta do recado”.
Mas nenhuma cultura jamais chegou nem perto do empenho assumido pelas sociedades ocidentais, ao longo das últimas 5-6 décadas, em interferir quimicamente no funcionamento cerebral padrão. As escolas médicas se concentram quase que inteiramente no aspecto químico do cérebro, enquanto defendem rigorosamente seu monopólio sobre a prescrição dessas drogas, ao mesmo tempo em que minimizam o uso de abordagens baseadas em energia, como a acupuntura / acupressão / yoga / tai chi e neurofeedback. Gastamos US$ 80 bilhões por ano com medicamentos psicoativos. Mais de 1 em 4 americanos os usam.
Estudos sobre estes medicamentos compõem a grande maioria das pesquisas sobre a química cerebral – quase todos mostrando que drogas específicas superam pílulas de açúcar – ignorando quase que completamente questões referentes aos efeitos a longo prazo ou os efeitos do cada vez mais popular “coquetel de drogas”, que resulta em crianças novas recebendo poderosos estimulantes, antidepressivos, anticonvulsivantes e medicamentos antipsicóticos para ajudá-las a ficarem quietas e sentadas em uma sala de aula.
A “batalha” entre a química e a energia
A sociedade industrial é construída sobre três princípios fundamentais: economia de escala, distribuição e limitação da concorrência;
Abordagens baseadas na energia são oferecidas uma de cada vez; pílulas são fabricadas aos milhões, com os custos caindo à medida que aumenta o volume.
Abordagens baseadas em energia resultam em mudanças duradouras; pílulas produzem ajustes temporários. Assim, elas são tomadas diariamente – ou até mais de uma ao dia – por muitos anos.
Abordagens energéticas requerem desenvolvimento de habilidades, abrindo escritórios aos milhares. Pílulas têm uma distribuição já bem estabelecida em um rede de dezenas de milhares de médicos, não apenas psiquiatras e neurologistas, mas os pediatras, clínicos gerais, dermatologistas, geriatras; além de serem a opção-de-primeira-escolha para muitos, já acostumados com abordagens químicas e apoiadas pelos planos de saúde.
Abordagens baseadas em energia não podem ser patenteadas para bloquear os concorrentes de fazerem a mesma coisa; pílulas são protegidas pelo governo federal.
Então, a batalha pela função cerebral essencialmente se resume a lojas com base no modelo de empresa familiar versus gigantes multinacionais. Essas cadeias gigantes gastam centenas de milhões por ano em propagandas de medicamentos; as empresas familiares tiveram que criar uma página no Facebook e um site na internet, além de investirem no boca-a-boca.
Qual é a cura e qual é a doença?
Como muitas vezes acontece, houve uma grave consequência não esperada desta debandada impetuosa em direção à medicalização indiscriminada de diferenças de atenção, humor, desempenho e comportamento. Essas drogas são poderosas. Para manter o monopólio dos médicos, elas tiveram que ser prescritas. Para serem prescritas, o paciente precisava de um diagnóstico.
Um diagnóstico, no início, é uma coisa bonita. “Oh graças a Deus,” nós pensamos, “Não é minha culpa. Eu estou doente!” Afinal, não se pode fazer muita coisa em relação à sua química cerebral, pode-se? Você vai ao profissional, faz o que eles mandam fazer. Isso é fácil. Mas aí você percebe que estar doente significa estar impotente. Agora você está tomando dois medicamentos, três, ou até quatro. Você se sente meio confuso e aéreo. Você já passa a tomar comprimidos para os efeitos colaterais das pílulas que está tomando para corrigir o seu problema… e mesmo assim seu problema ainda não é resolvido de verdade.
David e Golias
Então, como é possível que – com todo o dinheiro investido em química, todo o poder de mercado, e oferecendo a solução mais cômoda para a pessoa que procura mudança – como é possível que o treinamento energético esteja crescendo tão fortemente? Como é que é possível que – com todos os estudos “duplo-cegos com grupo controle e placebo” mostrando como as drogas que alteram a mente são seguras e eficazes – que mesmo assim Golias está tendo que admitir: bem, na verdade não há realmente um “desequilíbrio químico no cérebro” que explique tudo… pelo menos nada que possamos encontrar.
Drogas psicoativas estão se tornando a “vaca leiteira” para as maiores empresas farmacêuticas. 7 dos grupos mais poderosos fecharam ou reduziram drasticamente suas pesquisas para desenvolver, testar e demonstrar novas drogas. As “novas” drogas que têm sido trazidas para o mercado durante anos são apenas modificações de medicamentos já existentes. Eles continuam a mostrar efeitos muito pequenos (se um número suficiente de estudos são feitos) em comparação com placebos.
A Medicina já está trabalhando duro em bobinas elétricas para enviar impulsos elétricos através do cérebro, estimulação magnética e outras tecnologias do tipo “faça você mesmo”, demasiadamente complexas e onerosas para serem feitas em casa ou em pequenos escritórios.