Gama

Gama é definida como uma frequência cerebral, variando entre cerca de 25 Hz a 100 Hz ou mais, embora seja mais fortemente vista em torno de 40 Hz. A discussão sobre Gama e o que ela é e faz surgiu muito recentemente, uma vez que leituras de EEG analógico não medem acima de 25 Hz. Mesmo no desenvolvimento de EEG digital, embora Gama tenha sido identificada nos anos 60, os amplificadores usados na gravação de EEG registravam somente as bandas abaixo de 30 Hz. Como resultado, Gama não está incluída na maioria das bases de dados utilizadas hoje em dia para determinar como um EGG “normal” se parece.

O que é Gama

Gama, assim como Alfa, Teta e Delta – é uma frequência sincronizada. É encontrada em estados acordados e adormecidos. Origina-se nos geradores de ritmo no tálamo e é modulada pelo tronco encefálico. Ela varre o cérebro da parte anterior a posterior cerca de 40 vezes por segundo, fazendo com que os bilhões de neurônios corticais do cérebro ressoem juntos. Teoriza-se que Gama permite que a maioria desses neurônios compartilhem informações mais eficientemente e reúnam seus esforços. Logo, é vista como a base da “consciência” – a capacidade de integrar várias entradas sensoriais, memórias e sentimentos em uma única consciência unificada. Tem sido chamada de frequência de “ligação”. Há relatos de que danos no tálamo que impeçam a capacidade do cérebro de produzir essas varreduras de Gama, resultem em um estado de coma profundo.

Tão crítica quanto seja esta capacidade de reunir as funções distribuídas nas áreas cerebrais em atenção focada, há uma outra área de pesquisa de Gama relacionada a nossa capacidade de experimentar os outros fora de nós mesmos.

Gama na Meditação

Meditadores são de longa data definidos por sua capacidade de produzir Alfa sincronizada de 10 Hz, o estado em descanso, mas pronto para agir. Entretanto, uma vez que muito dos primeiros trabalhos com cérebros “pico” foram feitos com amplificadores que não gravavam frequências tão elevadas quanto 40 Hz, o ritmo Gama não foi visto. Pesquisas com monges tibetanos no início do ano 2000 demonstraram que Gama sincronizada, aparentemente, também se relaciona com a experiência transcendental.

Quando foi solicitado que meditadores mestres mudassem para um estado de “compaixão objetiva”, os seus níveis de Gama aumentaram como resultado da atividade altamente sincronizada. Isso não apareceu nos meditadores menos experientes (embora foram capazes de aumentá-la com a prática). Compaixão objetiva é a capacidade de sentir e ressoar com a experiência do outro sem a necessidade de intervir. Trata-se de reconhecer e manter o “limite” entre nós mesmos e o objeto de nossa empatia. Ela pode ser pensada como um tipo de amor divino que sente nossa dor ou alegria sem tentar impor suas próprias “soluções” – deixando-nos encontrar nosso próprio caminho ao longo de nossas vidas.

Frequências cerebrais, assim como as frequências musicais quando estão em sincronia, tendem a produzir “harmonia” ou tons. Por exemplo, uma frequência forte de Alfa 10 Hz tende a causar um aumento em 20 Hz (Beta) e menor em 40 Hz. Também tem sido sugerido que a varredura de Gama se relaciona com frequências extremamente lentas produzidas no tronco encefálico.

Treinando Problemas

As frequências altas na faixa de Gama também podem resultar do então chamado “artefato muscular”. Falaremos mais tarde sobre isso, mas a tensão nos músculos perto de eletrodos de EEG pode ser pega no EEG e aparecer como atividade cerebral. Obviamente isso não é Gama verdadeira.

Discutimos frequências Beta Alta (23-38 Hz) anteriormente. Elas não são desejáveis, uma vez que muitas vezes se relacionam com a ansiedade. O treinamento Gama muitas vezes funciona com as bandas de 35-45 Hz ou 38-42 Hz (centralizado em torno de 40 Hz) como nossa meta. Em cérebros que são propensos a fazer Beta Alta, esse treinamento pode, na verdade, aumentar essa atividade indesejável.

O objetivo do treinamento de Gama é aumentar a Gama sincronizada. Ele não deve aumentar Beta Alta (que normalmente não é sincronizada). Entretanto, quando aumentamos a sincronia em uma frequência, uma vez que os impulsos de milhões de neurônios ocorrem ao mesmo tempo, a amplitude (ou tamanho) do sinal também tende a aumentar. Já que é muito mais fácil medir o tamanho do sinal do que medir sua sincronicidade, muitos sistemas tentam treinar a sincronia aumentada treinando a amplitude aumentada. Infelizmente, essa não é a única forma de aumentar a amplitude. É possível aumentar os níveis de excitação nas frequências rápidas sem torná-las sincronizadas. Quando isso acontece, na maioria das vezes nos cérebros de pessoas que tendem a explosões de Beta Alta, os clientes podem experimentar aumento de ansiedade ou irritação – exatamente o oposto da meta do treinamento.

Compartilhe!

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

Outros conteúdos

Comente!

Aprenda mais sobre Neurofeedback com a Brain-Trainer Brasil.

Preencha o formulário abaixo para receber novidades sobre o mercado de Neurofeedback.

Iniciar chat
Precisa de ajuda?
Olá. Para darmos continuidade ao seu atendimento, clique no botão iniciar chat.